O uso de Freire na educação intercultural e educação do campo no Brasil

Auteurs

  • Mylene Santiago Universidade Federal Fluminense

DOI :

https://doi.org/10.51186/journals/ed.2020.10-1.e282

Résumé

A educação popular na perspectiva de Freire influenciou a educação do campo desde os anos de 1960. Os desafios para a educação do campo no Brasil, ainda são muitos no sentido de: assegurar aos camponeses o direito de acesso ao conhecimento; assegurar o direito à diferença, com o reconhecimento de suas práticas e conhecimentos produzidos; romper com o paradigma hegemônico, por meio de um projeto que elabore e dissemine conhecimentos que são fruto de sua cultura. A educação do campo busca ainda, responder às demandas das diferentes comunidades que a compõem como os quilombolas, os povos indígenas, as variadas formas de trabalhadores e trabalhadoras do meio rural e os camponeses. Diante desse cenário, a proposta educacional de Freire continua potente para a educação do campo nos dias atuais, por seu caráter dialógico, crítico e democrático. No que tange à educação intercultural, buscaremos discutir as contribuições de Freire para a gênese histórica da educação intercultural no Brasil, a partir das seguintes categorias presentes em seu pensamento: relação entre cultura e educação; diálogo como estratégia pedagógica; empoderamento dos sujeitos que sofrem exclusão social.

Références

De Oliveira, X. S., Marín Gonzáles, J. & Dominguez Avila, C. F. (2019). Racismo ambiental. Ecología, Educação e Interculturalidade. Campo Grande: Life Editora.

Eribon, D. (2016). Principes d’une pensée critique. Paris : Fayard.

Freire, P. (1974). Pédagogie des opprimés. Paris : Ed. La Découverte.

Freire, P. (1978). La alfabetización y la conciencia. Porto Alegre: Editorial Emma.

Freire, P. (1987). La educación como práctica de la libertad. Rio de Janeiro: Paz e Terra.

Freire, P. (1984). Cartas a Guinea Bissau. Graba u experimento en el proceso. Rio de Janeiro: Paz e Terra.

Freire, P. (1980). Conciencia: La teoría y la prácttca de la liberación. (Antología). Sáo Paulo: Moraës.

Freire, P. (1990). La alfabetización -Lectura del mundo y lectura de la palabra. Rio de Janeiro: Continuum.

Freire, P. (1993). Política y educación. Ensayos. São Paulo: Editora Cortez.

Freire, P. (1995). Pedagogía: diálogo y conflicto. São Paulo: Editora Cortez.

Freire, P. (2000). Pedagogía de la indignación. Cartas pedagógicas en un mundo. São Paulo: UNESP.

Junod, R., Romagnoli, S. & Denevaud, J. M. (2017). L’inquiétude pour la pensée critique. Genève : IES Editions.

Marin, J. (1994). Ethnocentrisme et racisme dans l’histoire européenne dans la cadre de la conquête de l’Amérique et perspective actuelle. In C. Alleman Ghionda (Ed.), MultiKultur und Bildung in Europa. Multiculture et éducation en Europe (pp. 181-196). Berne : Peter Lang.

Marin, J. (2008). Globalization, Education, and Cultural Diversity. In P. R. Dasen & A. Akkari (Eds) Educational Theories and practices from the majority World (pp. 346-366). Los Angeles, London, New York, Singapore: Sage publications.

Marin, J. (2010). Interculturalidade e descolonização do saber: relações entre saber local e saber universal, no contexto da Globalização. Visão Global, 12(2), 122-155.

Marin, J. (2015) Il gene no hanno colore. Rivista pedagógica culturaledel Movimento di Cooperazzione Educativa, 64(1), 64-68.

Marin, J. (2016). Eurocentrismo, racismo e interculturalidadeno contexto da Globalização. In A. Rodrigues Gómes, M. A. Meneses& J. Marin (Eds.), Novas Epistemes e Narrativas contemporánea (pp. 19-52). Campo Grande: Life Editora.

Marin, J. (2017). Parcours existentiels d’un anthropologue, entre Pensée critique et décentration culturelle. In R. Junod, S. Romagnoli & J. -M. Denevaud (Eds.), L’Inquiétude pour le monde et la pensée critique (pp. 72-75). Genève : IES Editions.

Marin, J. & Dasen, P. R. (2007). L’éducation face à la Mondialisation, aux migrations et aux droits de l’homme. In M. -C. Caloz-Tschopp & P. R. Dasen (Eds), Mondialisation, migrations et droits de l’Homme (pp. 285-320). Bruxelles : Bruylant.

Méan, A. & Bossy, M. (2002). La conscientisation à l’Ecole d’études sociales et pédagogiques. Lausanne : ESSP.

ONU. (2020). Rapport sobre Desigualdade social no Brasil Consultadoen http://www.todalapolitica.com/desigualdade-social-brasil

Oxfam. (2019). El 1% de los ricos acumulan el 82% de la riqueza global. Consultado en https://www.bbc.com/mundo/noticias-43776299

Piketty, T. (2013). Le capital au XXI Siècle. Paris : Editions du Seuil.

Quijano, A. (2014). Des/Colonialidad y Bien vivir. Lima: Cátedra América Latina.

Stiglitz, J. (2002). El malestar de la Globalización. Buenos Aires: Taurus.

Stiglitz, J. (2018). The price of inequality. And free fall. New York, NY: W. W. Norton and company.

Stiglitz, J. (2019). People, Power and profits. Progressive capitalism for an age of discontent. New York, NY: W. W. Norton & Company.

Thomson, J. (2019). Synode, une affaire de vie. Consultado en https://www.choisir.ch/religion/eglises/item/3611-synode-une-affaire-de-vie

Vengermeren, W. (2020). O progresso da Redenção. A historia da salvação de criação a nova Jerusalem. São Paulo: Saeed Publicações.

Wallerstein, I. (2008). L’universalisme européen de la colonisation à l’ingérence. New York: Demopolis.

Ziegler, J. (2018). Le capitalisme expliqué à ma jeune-fille (en espérant qu’elle en verra la fin). Paris : Seuil.

Ziegler, J. (2019). Lesbos. La honte de l’Europe. Paris : Seuil.

Téléchargements

Publiée

2021-02-16

Comment citer

Santiago, M. (2021). O uso de Freire na educação intercultural e educação do campo no Brasil. L’éducation En débats : Analyse comparée, 10(1), 72–83. https://doi.org/10.51186/journals/ed.2020.10-1.e282