Ideograma, estrutura, constelação: um desenho de Haroldo de Campos

Auteurs

  • Julio Mendonça Centro de Referência Haroldo de Campos | Casa das Rosas

DOI :

https://doi.org/10.34913/journals/lingualugar.2022.e975

Mots-clés :

Haroldo de Campos, idéogramme, structure, constellation

Résumé

Les aspects fondamentaux de l'œuvre d'Haroldo de Campos – qu'elle soit poétique, traductrice et/ou de la théorie critique – peuvent être compris par la manière dont sa représentation de la pensée non-linéaire et analogique a transité entre des concepts comme la structure, l'idéo- gramme et la constellation. Cet article cherche à démontrer que, dans la phase finale de la production de cet auteur, sa compréhension des « actes complexes de discernement » (Hugh Kenner, à propos de Pound) – mots avec lesquels nous pouvons nous référer aux trois concepts qui font l'objet de ce texte – était engagée dans la multipolarité géopolitique de la littérature, dans l'examen critique de la différence et l'élaboration de cartes mobiles de la connaissance.

Biographie de l'auteur

Julio Mendonça, Centro de Referência Haroldo de Campos | Casa das Rosas

Poeta, doutor em Comunicação e Semiótica e coordena o Centro de Referência Haroldo de Campos, na Casa das Rosas. Foi o curador das exposições “Esdrúxulo! 100 anos da morte de Augusto dos Anjos” e “As ideias concretas – poesia 60 anos adiante” e organizou os livros Poesia (Im)Popular Brasileira e Que pós-utopia é esta?. Publicou o livro Democratizar a participação cultural e as plaquetes “De ‘A’ a Zukofsky” e “Poesia, memória e o presente que nos arrasta”.

Références

Agra, L. (2020). “Recanibalização da poética: a antologia sincrônica de Haroldo de Campos como proposta descolonizadora”. Palestra proferida em 26 de setembro no Simpósio Haroldo de Campos 2020 – Um passado contemporâneo, realizado pelo Centro de Referência Haroldo de Campos – Casa das Rosas, <https://www.youtube.com/watch?v=oFmQBVRuuYw > (último acesso em 2/05/2022).

Aguilar, G. (2005). Poesia concreta brasileira: as vanguardas na encruzilhada modernista. São Paulo: Edusp.

Barbosa, T. (2015). “Pontos luminosos. Do linear ao constelar: a (re)visão da historiografia literária proposta por Haroldo de Campos”. Anais do XIV Congresso da Abralic, <https://abralic.org.br/anais/?p=38&ano=2015> (último acesso em 28/04/2022).

Bastazin, V. (1992). A semana de arte moderna: desdobramentos. São Paulo: Educ.

Bastide, R. (1971). Usos e sentidos do termo “estrutura”. São Paulo: Edusp.

Benjamin, W. (1981). Angelus Novus – Saggi e Frammenti. Turim: Giulio Einaudi.

Buchanan, I. (2010). “Constellation”. Oxford Dictionary of Critical Theory, <https://www.oxfordreference.com/view/10.1093/oi/authority.20110803095633862> (último acesso em 26/03/2022).

Calvino, Í. (2009). Assunto encerrado: discursos sobre literatura e sociedade. São Paulo: Companhia das Letras.

Campos, A.; Campos, H. e Pignatari, D. (1958). “Plano-Piloto para Poesia Concreta”. Revista Noigandres, n. 4.

— (1975). Teoria da poesia concreta: textos críticos e manifestos. São Paulo: Duas Cidades.

— (2013). Mallarmé. São Paulo: Perspectiva. Campos, A. (1986). Balanço da bossa e outras bossas. São Paulo: Perspectiva. Campos, H. (1969). A arte no horizonte do provável. São Paulo: Perspectiva.

— (2000). A máquina do mundo repensada. Cotia: Ateliê Editorial.

— (1976). A operação do texto. São Paulo: Perspectiva.

— (1950). Auto do possesso. São Paulo: Clube de Poesia.

— (2002). Depoimentos de oficina. São Paulo: Unimarco.

— (1981). Deus e o diabo no Fausto de Goethe. São Paulo: Perspectiva.

— (1994). Hagoromo de Zeami. São Paulo: Ed. Estação Liberdade.

— (1977). Ideograma – Lógica, poesia, linguagem. São Paulo: Cultrix/Edusp.

— (2010). Metalinguagem & outras metas. São Paulo: Perspectiva.

— (1997). O arco-íris branco. Rio de Janeiro: Imago.

___. (1989). O sequestro do barroco na Formação da literatura brasileira – o caso Gregório de Mattos. Salvador: Fundação Casa de Jorge Amado.

___. (1979). Signantia: quasi coelum. São Paulo: Perspectiva.

— (2008). Xadrez de estrelas: percurso textual 1949-1974. São Paulo: Perspectiva.

Derrida, J. (2015). “Cada vez, isto é, e no entanto, Haroldo...”. Trad. Henrique Amaral. Revista Cisma: edição especial Haroldo de Campos. São Paulo: FFLCH-USP, pp. 19-21.

Eco, U. (1991). Obra aberta. São Paulo: Perspectiva.

Franchetti, P. (1989). Alguns aspectos da teoria da poesia concreta. Campinas: Editora da Unicamp.

— (2012). “Funções e disfunções da máquina do mundo”. Sibila – Revista de poesia e crítica literária, ano 22, (último acesso em 26/04/2022).

Géfin, L. (1982). Ideogram – History of a poetic method, University of Texas Press.

Góngora, L. (1988). Poemas de Góngora. Trad. Péricles Eugênio da Silva Ramos. São Paulo: Art.

Junkes, D. (2013). As razões da máquina antropofágica. São Paulo: Editora Unesp.

Kennedy, G. (1958 ). “Fenollosa, Pound and the chinese character”. Yale Literary Magazine, vol. 126, n. 5, dez., s.p. <http://pinyin.info/readings/texts/ezra_pound_ chinese.html> (último acesso em 4/03/2022).

Lévi-Strauss, C. (1979). O pensamento selvagem. São Paulo: Ed. Nacional.

— (1971). "Os limites e a noção de estrutura em etnologia". In: Bastide, R. Usos e sentidos do termo "estrutura". São Paulo: Cultrix.

Löwy, M. (2005). Walter Benjamin: Aviso de incêndio. São Paulo: Boitempo.

Mignolo, W. (2014). “El pensamiento des-colonial, despreendimendimiento Y apertura: um manifiesto”. In: Linera,

Á.; Walsh, C.; Mignolo, W. (orgs.). Interculturalidad, descolonizacion del Estado y del conocimiento. Buenos Aires: Del Signo, pp. 83-123.

Pignatari, D. (2004). Contracomunicação. São Paulo: Ateliê Editorial.

— (1998). Cultura pós-nacionalista. Rio de Janeiro: Imago.

Sarduy, S. (1979). Escrito sobre um corpo. São Paulo: Perspectiva.

Scudeller, G. (2008). “Considerações sobre a figura da constelação e suas relações com a ciência em Haroldo de Campos”. Estudos Linguísticos, São Paulo, 37 (3), set.-dez., pp. 325-334.

Sheehan, S. (1995). The sayings of James Joyce. Duckworth.

Shellhorse, A. (2017). Anti-Literature: The Politics and Limits of Representation in Modern Brazil and Argentina. Pittsburgh: University of Pittsburgh Press.

Siscar, M. (2010). Poesia e crise. Campinas, Editora da Unicamp.

— (2021). Haroldo de Campos. Rio de Janeiro: EdUERJ,

Sterzi, E. (2015). “A pele do poema: a dimensão tátil da poesia dita visual”. Abordagens intersemióticas: artigos do

I Congresso Nacional de Literatura e Intersemiose. Recife: Ermelinda Maria Araújo Ferreira. <https://www.academia.edu/44852279/A_pele_do_poema_a_ dimens%C3%A3o_t%C3%A1til_da_poesia_ dita_visual> (último acesso em 24/03/2022).

Tendência 4. (1962). Belo Horizonte: Imprensa da Universidade de Minas Gerais.

Williams, R. (2007). Palavras-chave: um vocabulário de cultura e sociedade. São Paulo: Boitempo.

Publiée

2022-11-11

Comment citer

Mendonça, J. (2022). Ideograma, estrutura, constelação: um desenho de Haroldo de Campos. Língua-Lugar : Literatura, História, Estudos Culturais, 1(5), 130 — 156. https://doi.org/10.34913/journals/lingualugar.2022.e975