“Interminável onça”, de João Guimarães Rosa a Micheliny Verunschk: Reflexões em torno de “Meu tio, o Iauaretê” e O som do rugido da onça
DOI :
https://doi.org/10.34913/journals/lingualugar.2021.e731Mots-clés :
jaguar, iauaretê, langage, Micheliny Verunschk, João Guimarães RosaRésumé
"Jaguar sans fin !", conclut Micheliny Verunschk dans son dernier roman, O som do rugido da onça (2021). A partir de cette épigraphe et du jaguar comme Leitmotiv dans chacun des auteurs ici convoqués, cet essai porte d'abord sur ses origines dans la littérature et la culture brésiliennes, en recourant à des textes d'Ariano Suassuna et Alberto Mussa. Ces textes serviront comme clé de lecture, ainsi que le perspectivisme amérindien d’Eduardo Viveiros de Castro. On propose une réflexion critique et compara- tive sur le langage métamorphique dans la nouvelle "« Mon oncle, le jaguar » (1961) de João Guimarães Rosa et dans le roman ci-dessus mentionné, dans laquelle on souligne des aspects analogues dans ces récits, toujours en présence du jaguar comme motif central : montrant d'abord un jeu de pouvoir entre la voix domestiquée et le silence sauvage, des compositions qui ne sont contradictoires qu'en apparence, pour ensuite atteindre le lieu commun de la transcendance, le lieu de l'écoute.
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