Um horizonte de utopias: Fulgor e imprevisibilidade na Obra incompleta de Oswald de Andrade
DOI:
https://doi.org/10.34913/journals/lingualugar.2022.e977Resumo
As palavras de Antonio Candido resumem bem a empreitada de Jorge Schwartz que, ao estabelecer a Obra Incompleta, de Oswald de Andrade, escreve que “a intenção que norteia este volume é a de transmitir ao leitor, ainda que de maneira parcial, o fulgor e a imprevisibilidade que Antonio Candido, na ‘Liminar’, assinalou como traços marcantes de Oswald de Andrade” (2021, pp. XXI-XXII, grifos nossos). Sem esses dois elementos, fulgor e imprevisibilidade, nenhuma utopia seria possível. E, ao mesmo tempo, é a impossibilidade das utopias que lhes dão horizonte de possibilidade. Eis dois elementos-chave na obra de Oswald de Andrade, textos que se situam à beira de um curto-circuito literário e cultural. Por mais que possa parecer contraditório, foram esses dois elementos, tão essen- ciais na sua obra, que o marginalizaram em um debate mais amplo sobre Brasil. A dimensão de obra incompleta também é fundamental para não monumentalizar Oswald que, pelo contrário, é posto em movimento em dois volumes cuidadosamente editados.
Referências
Andrade, O. de. (2021) Obra incompleta (dois volumes). Org. Jorge Schwartz. Coleção Archivos. São Paulo: Edusp.
Viveiros de Castro, E. (2008). Encontros. Org. Renato Sztutman. Rio de Janeiro: Azougue Editorial.
Bachmann, P.; Carrillo-Morell, D.; Masseno, A.; Oliveira, E. de. (2021). Antropofagias! Um livro manifesto. Berlim: Peter Lang.
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