A Semana de Arte Moderna chega à capital do Brasil: Disputas em torno da recepção do modernismo, 1921–1925
DOI:
https://doi.org/10.34913/journals/lingualugar.2022.e970Palavras-chave:
Semana de Arte Moderna, modernismo, recepção, história, imprensa, Rio de JaneiroResumo
A recepção da Semana de Arte Moderna pela imprensa do Rio de Janeiro, então capital federal, ajuda a elucidar como o movimento foi avaliado em sua época. O impacto contemporâneo da Semana foi bem menor do que sugere a historiografia que a consagrou após 1945. O presente artigo examina a cobertura dada à Semana nos principais órgãos jornalísticos do Distrito Federal entre o momento logo anterior à sua realização e o final de 1925. Identifica-se uma disputa intensa em torno da liderança modernista, em que Oswald de Andrade e Mário de Andrade buscavam afirmar sua respectiva ascendência, ambos em relação a Graça Aranha, então visto amplamente como iniciador e chefe do movimento. As divisões entre facções são refletidas no alinhamento de veículos como os jornais O País e Correio da Manhã, assim como a revista Careta, que ao antagonizar o movimento, ajudou a lhe dar projeção.
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