Após a Semana (e um pouco mais de) um século

Autores

  • Eduardo Jorge de Oliveira Universität Zürich
  • Andre Masseno Universität Zürich

DOI:

https://doi.org/10.34913/journals/lingualugar.2022.e969

Resumo

Há um pouco mais de cem anos – precisamente entre os dias 13, 15 e 17 de fevereiro de 1922 –, um grupo de intelectuais e artistas se reuniram no Teatro Municipal de São Paulo para realizar a Semana de Arte Moderna. Neste ano de 2022, debates e discussões elucidam como todo um século foi mobilizado ao redor desse evento. No calor dos debates e das dezenas de publicações recentes relativas ao tema,1 pode-se muito bem parafrasear o célebre clássico de John Reed, Dez dias que abalaram o mundo (2010), para afirmar que a Semana abalou o século, pondo à prova a cada década a crítica, os historiadores e outros artistas a depurar influências locais, rever os discursos historicamente construídos sobre e em torno do evento, quem participou ou quem não esteve presente, as fontes econômicas e mais recentemente as classes sociais e as questões de gênero do grupo participante.

Biografias Autor

Eduardo Jorge de Oliveira, Universität Zürich

Eduardo Jorge de Oliveira é professor assistente de Literatura Brasileira no Departamento de Estudos Românticos da Universidade de Zurique. Ele é o autor de A invenção de uma pele: Nuno Ramos em obras (Iluminuras, 2018) e Signo, Sigilo: Mira Schendel e a escrita da vivência imediata (Lumme Editor, 2019).

Andre Masseno, Universität Zürich

Andre Masseno é doutor em Literatura em Língua Portuguesa pela Universidade de Zurique. É professor de português na Universidade de St. Gallen. Mestre e especialista em Literatura Brasileira pela UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro). Foi organizador das publicações Bioescritas/Biopoéticas: pensa- mentos em trânsito (2018, com Daniele Ribeiro Fortuna e Marcelo dos Santos), Bioescritas/Biopoéticas: corpo, memória, arquivos (2017, com Ana Chiara et al), Filosofia e cultura brasileira (2012) e Para ouvir uma canção: ciclo de conferên- cias sobre a canção popular brasileira (2011, com Tiago Barros).

Referências

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Coelho, F. (2012). A semana sem fim: celebrações e memória da Semana de Arte Moderna de 1922. Rio de Janeiro: Casa da Palavra.

Gonçalves, M. A. (2012). 1922: A semana que não terminou. São Paulo: Companhia das Letras.

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Nicola, J. de. e Nicola, L. de. (2021). Semana de 22: antes do começo, depois do fim. Rio de Janeiro: Estação Brasil.

Reed, J. (2010). Dez dias que abalaram o mundo. Trad. Bernardo Ajzenberg. São Paulo: Penguin-Companhia das Letras.

Publicado

2022-11-11

Como Citar

de Oliveira, E. J., & Masseno, A. (2022). Após a Semana (e um pouco mais de) um século. Língua-Lugar : Literatura, História, Estudos Culturais, 1(5), 12 — 18. https://doi.org/10.34913/journals/lingualugar.2022.e969