Asas de fumo, Asas de poesia: para uma leitura da imagem em Maria Teresa Horta
DOI:
https://doi.org/10.34913/journals/lingualugar.2021.e712Palavras-chave:
Maria Teresa Horta, Asas, imagem, AnunciaçãoResumo
Ancorada nas lições de imagem dialética de Didi-Huberman, propomos uma abordagem às duas últimas obras de Maria Teresa Horta (Anunciações e Estranhezas) sob o prisma da imagem-falena. Considerando tópicos como a dobra e a sombra, interessa-nos sobretudo explorar corpos eminentemente carnais ou (supostamente) etéreos que, na poesia de Maria Teresa Horta, estão num estado limiar e em relação com o espaço. Ler os corpos que não estão (d)escritos e que, no universo hortiano, parecem situar-se sempre além da referencialidade mais imediata: para além do visível ou, retomando as palavras do pensador francês, em “aparição”, aparição esta que se parece coadunar com a obra de Teresa Gonçalves Lobo, nomeadamente na série A leveza do sonho, que gravita em torno das asas, elemento central da obra de Maria Teresa Horta.
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