Masculinidades em questão
Modelos, perspetivas e formas de violência
DOI:
https://doi.org/10.34913/journals/lingua-lugar.2023.e1481Resumo
A partir das últimas décadas do século passado, os denominados Estudos Feministas e os Estudos LGTBI+1, para além de movimentos políticos e sociais, começaram a destacar-se como modelos de reflexão e análise. Estudiosas como Joan Scott e Judith Butler, entre muitas outras pessoas, teorizaram amplamente a noção de género, situando-a enquanto categoria analítica e inserindo-a no campo dos sistemas de significação, enfatizando a sua dimensão relacional no referente aos processos de construção das identidades e na organização social (Scott, 1989; Butler, 2027). Deste modo, argumenta-se que a identidade de género não depende de um essencialismo intrínseco; depende antes de uma história sociocultural e de formas complexas de poder e regulamentação. Em suma, a ideia básica subjacente no conceito “género”, evidencia que “ser homem ou ser mulher” é um produto social e histórico e não uma condição suposta e diretamente derivada da natureza.
Referências
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