Terra Mãe (1998): uma estória feita de História(s). Pistas de leitura sobre o papel social da telenovela.
DOI:
https://doi.org/10.34913/journals/lingua-lugar.2020.e210Palavras-chave:
Ficção Televisiva, Telenovela, Identidade, RepresentaçãoResumo
Entendido como um formato culturalmente pouco enriquecedor, a telenovela, narrativa de longa serialização com maior expressão na televisão portuguesa, dada a sua natureza complexa e de proximidade com os telespetadores, mostra-se capaz de agendar temas e de funcionar, simultaneamente, como arquivo dos tempos e relato do quotidiano. Partindo desta assunção, procuramos evidência empírica na telenovela Terra Mãe (RTP1), título produzido e transmitida em 1998, ano da Exposição Internacional de Lisboa, procurando desenhar pistas de leitura sobre o papel social dos conteúdos ficcionais e da televisão na sociedade.
Referências
Abrantes, J.C., Dayan, D. (org.). (2006). Televisão. Das audiências aos públicos. Lisboa: Livros Horizonte.
Adorno, T., Horkheimer, M. [1947] (1985). Dialética do Esclarecimento. São Paulo: Jorge Zahar.
Araújo, M., Rodrigues, A. (2018). “História e memória em movimento: escravatura, educação e (anti)racismo em Portugal”. Revista História Hoje, v. 7, n.o 14, 107-132.
Araújo, M., Maeso, S. (2013). Caderno de discussão. ‘Ao fim e ao cabo, foi a Europa que fez o mundo moderno’: o Eurocentrismo na História e nos seus Manuais. Centro de Estudos Sociais, Universidade de Coimbra.
Bhabha, H. (2006). Nation and Narration. New York: Routledge.
Bolter, J., Grusin, R. (1999). Remediation. Understanding new media. Cambridge: MIT Press.
Borelli, S. H. S. (2001). Telenovelas brasileiras: balanços e perspectivas. São Paulo em Perspectiva, São Paulo, 3, v. 15, pp. 29-36.
Bosi, A. (1992). Dialética da colonização. São Paulo: Companhia das Letras.
Buonnano, M. (1999). El drama televisivo. Identidad y contenidos sociales. Barcelona: Gedisa Editorial.
Burnay, C. D. (2005). “A Telenovela e o Público: uma relação escondida”. Revista Media e Jornalismo, Lisboa: CIMJ. pp. 95-110.
Campbell, J. (1968). The Hero with thousand faces. California: New World Library.
Condry, J., Popper, K. (1995). Televisão: um perigo para a Democracia. Lisboa: Gradiva.
Cunha, I., Santos, C.A. (2004). Media, imigração e minorias étnicas – 2005-2006. Lisboa: ACIME/Observatório de Imigração.
Cunha, I. (2011). Memória da Telenovela. Programas e recepção. Lisboa: Livros Horizonte.
Field, S. (2005). Screenplay. The foundations of screenwriting. USA/Canada: Delta.
Fuenzalida, V. (1996). “La apropiación educative de la telenovela”. Diálogos de la Comunicación, n.o 44, pp. 91-105.
Revista Terra-Mãe (1998): uma estória feita de História(s). Língua−lugar Pistas de leitura sobre o papel social da telenovela N.01 junho 2020
Halbwach, M. (1992). On Collective Memory. Chicago: University Chicago Press.
Hall, S. (1996). “Encoding and Decoding in Television Discourse”. In Hall, S. et al (eds.). Culture, Media, Language: working papers in Cultural Studies, 1972-1979 (pp. 128-138). London: Routledge.
Hall, S. (ed.) (2003). Representation. Cultural Representations and Signifying Practices. London: Sage.
Lopes, M.I.V. (2014). Memória e Identidade na Telenovela Brasileira. XXIII Encontro Anual da Compós. http://compos.org.br/encontro2014/anais/Docs/GT12_ESTUDOS_DE_TELEVISAO/templatexxiiicompos_2278-1_2246.pdf
Lopes, M.I.V. (org.) (2009). Ficção Televisiva no Brasil: temas e perspetivas. Rio de Janeiro: Editorial Globo Universidade.
Lopes, M.I.V., Borelli, S. & Resende, V. (2002). Vivendo com a telenovela: mediações, recepção, teleficcionalidade. São Paulo: Summus.
Machado, A. (2007). O sujeito na tela. Modos de enunciação no cinema e no ciberespaço. São Paulo: Paulus.
Mander, J. (1999). Quatro Argumentos para acabar com a televisão. Lisboa: Antígona.
Motter, M. L. (2000). “Telenovela e educação: um processo interativo”. In Comunicação & Educação, São Paulo, 17, pp. 54-60.
Nora, P. ([1993] 2001). Les Lieux de Mémoire. France: Gallimard.
Propp, V. (2003). Morfologia do Conto. Lisboa: Editora Vega.
Ramos, Jorge Leitão (2006). Dicionário do Cinema Português (1989-2003). Lisboa: Editorial Caminho.
Schiavo, M. (2002). “Merchandising social: as telenovelas e a construção de cidadania”. Comunicação apresentada ao XXV Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação. Disponível em:
http://www.intercom.org.br/papers/nacionais/2002/congresso2002_anais/2002_np14schiavo.pdf.
Singhal, A. et al. (eds). (2004). Entertainment-Education and social change. History research and practice. London: Lawrence Erlbaum Associates.
Sobral, J. M. (2006). “Memória e Identidade Nacional: considerações de caráter geral e o caso português”. Comunicação apresentada ao Colóquio “Nação e Estado: entre o local e o global”. Disponível em:
http://www.ics.ul.pt/publicacoes/workingpapers/wp2006/wp2006_4.pdf
Sousa, J. P. (2000). As notícias e os seus efeitos: as “teorias” do jornalismo e dos efeitos sociaisdos media jornalísticos. Coimbra: Coimbra Minerva.
Sousa, V. (2018). Da ‘Portugalidade’ à Lusofonia. Lisboa: Edições Humus.
Vogler, C. (2007). The writer’s journey. Mithic structure for writers. San Francisco: Michael Wiese Production.
Relatório. Exposição Mundial de Lisboa de 1998. (1999). Lisboa: Parque Expo’98.
Creative Economy Report 2008. The Challenge of Assessing the Creative Economy: towards Informed Policy-making. (2008). Nações Unidas.